Caso fosse uma pessoa, seria isso o que
diria a “ética”. Diria isso porque ela tem sido largada lá em um dos cantos
mais cheios de teias de aranha das cabeças de muitos crentes. Seria ótimo
retirar essas teias e buscarmos coerência.
Para começar a retirar as teias e
resgatar a ética abandonada, vamos primeiro tentar recordar o que ela é. Vamos
ver uma definição mais simples, uma das que o Dicionário Houaiss apresenta: “conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral
de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade”. Para exemplificar,
podemos pensar em ética médica. Espera-se que um médico tome atitudes que sejam
coerentes com os padrões seguidos por outros médicos. Eles sempre procurarão,
por exemplo, salvar vidas, e não ajudar a tirá-las.
Tendo esse conceito em mente, temos
de nos colocar, como filhos de Deus que somos, seguindo padrões da ética
cristã. E o que seria isso? Seria esperar que um cristão tenha o comportamento
que se espera de um cristão. Um crente deve pensar e viver dentro de padrões
bíblicos, por exemplo.
Mas esse negócio de viver de modo
ético tem sido há um bom tempo abandonado pelos que não conhecem a Deus. Eles
mentem para atingir objetivos pessoais; subornam guardas para não serem multados;
falam mal dos colegas de trabalho, mas não deixam de abrir um belo sorriso
quando estão diante deles; prometem ser fiéis, mas enganam se entenderem que
devem. A lista de comportamentos não éticos das pessoas sem Deus seria quase
infinita.
No entanto, com os cristãos as
coisas não são assim. Nós cristãos não tomamos essas atitudes horríveis. Somos
povo eleito, sacerdócio real, nação santa (cf. 2Pe 2.9). Será mesmo? Será que
buscamos viver seguindo o padrão de Cristo? Ou estamos trazendo padrões mundanos
para dentro da igreja e agindo sem ética cristã? É hora de puxar uma vassoura,
tirar as teias e resgatar a ética, ou os templos das igrejas é que ficarão
vazios e cheios de teias de aranha.