sábado, 30 de novembro de 2013

Inclusão eclesiástica?

Atualmente é algo fortemente presente em discussões pedagógicas: a inclusão. A proposta da inclusão é que independentemente de as pessoas, geralmente crianças em idade escolar, terem dificuldades de aprendizado (relacionados a deficiência física, como atrofias, paralisias, cegueira, surdez, etc., ou mental) elas devem frequentar as aulas junto aos demais alunos no ensino regular (os quais supostamente não têm problemas de aprendizagem). A ideia é que as barreiras de diferenças possam ser diminuídas e não haja exclusão, mas aproximação.
Gostaria de tratar dessa ideia aplicada à igreja. Não é preciso haver algum distúrbio ou deficiência para que algumas pessoas acabem se vendo excluídas eclesiasticamente. Infelizmente, assim como ocorre fora da igreja, muitas vezes se dá atenção a quem, ao menos aparenta, ter algum "dom". Isso pode significar ser um bom orador, tocar algum instrumento, cantar bem, ou simplesmente ser bom de papo. Quando alguém não se encaixa nesse perfil, bem, vai ficando de lado, à margem dos relacionamentos e atividades da igreja.
O Senhor Jesus rogou ao Pai: "...a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17.21). A unidade da igreja é muito importante para que, vendo-a, o mundo creia que Jesus foi enviado pelo Pai. Esse testemunho não tem sido dos melhores. A falta de coerência, comunhão e amor pelo próximo expõem-se a olhos vistos entre muitos "irmãos".
Essa situação de incoerência acontece porque a igreja é formada por pessoas pecadoras. O pecado nos afasta de fazer a vontade do Pai, desvia-nos do alvo, da lei áurea da fé cristã: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. (...) Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22.37 e 39).
A proximidade maior entre um e outro é algo muito comum e aceitável. Até mesmo Jesus teve discípulos que lhe eram mais chegados. No entanto, a exclusão, realizada por meio de afastamento de atividades, das conversas ou outros meios quaisquer, é algo inaceitável na igreja e precisa ser tratada com a devida importância. É preciso que nos preocupemos muito mais com as pessoas, do que com um suposto "show" de dons e habilidades para "louvar" ao Senhor. Que a oração de Jesus seja atendida, para que sejamos um.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Louvor ateu

Ateístas evangelistas. Contradição de termos? Não. Ateus ingleses começaram um movimento com “cultos ateus”. Como assim? Eles deixaram a igreja, mas queriam manter algumas coisas que curtiam nela. Como relata um dos fundadores do movimento:

“Há cerca de seis anos eu deixei o louvor da igreja, e pensei: ‘Há muitas coisas formidáveis lá. Eu adoro cantar, estar com os outros, a ideia de se aperfeiçoar e ajudar outras pessoas. Mas tudo isso é centrado em algo no qual eu não acredito. Quão bom seria se tudo isso acontecesse por algo em que acredito? Eu penso que a vida é tão impressionantemente fantástica que ela deve ser celebrada tão somente pelo privilégio de a termos.’” – Sanderson Jones

Eles “cultuam” ao som de Queen, Billy Joel e Meatloaf e ouvem “sermões palestras” centrados em experiências profundas de vida, segundo o conceito dos palestrantes.

O movimento tem crescido na Inglaterra, onde uma pesquisa recente revelou que 2/3 dos adolescentes afirmam não acreditar em Deus, e agora começa a ser difundido nos EUA.

Aguarde, em breve, a palavra “salvadora” dos neo-ateus deve chegar à terra brasilis.


As informações são do site da revista Newsweek (em inglês), no seguinte link: http://mag.newsweek.com/2013/11/01/atheism-evangelicals-christianity-religion.html

Depois de ter postado o texto, encontrei essa matéria, em português, com vídeo: http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2013/11/131101_igreja_sem_religiao_video_fn.shtml#TWEET942105