quinta-feira, 6 de junho de 2013

Amor: na teoria, tudo bem...

A tirinha ao lado brinca com a séria realidade de que todos reconhecem que o amor é a chave para os problemas do mundo, algo revolucionário, mas que pouquíssimos praticam. Entramos no jogo do "faça o que eu mando, não faça o que eu faço".
Talvez agora você esteja pensando: "Ah, não! Mais uma exortação dizendo que 'eu devo amar', 'eu devo amar', 'eu devo amar...'". Não se trata disso. Afinal, você já sabe muito bem a parte teórica sobre o amor, ou talvez não muito, mas certamente sabe que é algo bom, e algo que gostaria de receber. É sobre esse ponto que quero tratar.
Conhecemos algumas coisas somente pela teoria. Esse conhecimento se aprofunda de maneira tremenda quando temos contato, quando experimentamos o que diz a teoria. Um degustador pode explicar a alguém as variadas nuances do sabor do chocolate, buscando exprimir o quanto ele é delicioso, por exemplo. Mas uma bela mordida em um fará toda a diferença no conhecimento dessa verdade (tudo bem se você não gosta de chocolate, entendemos que no seu planeta isso possa ser uma realidade).
Você já sabe que somos muito egoístas. Tudo gira ao nosso redor e tudo é para nós, ou ao menos pensamos que deveria ser. Isso não é diferente quanto ao amor. Queremos que nossa esposa, ou marido, nos ame e nos faça feliz. Queremos que as pessoas nos amem, e atendam nossas necessidades, e nos elogiem, nos façam um carinho. Parece que a verdade bíblica de "amar ao próximo como a si mesmo" é boa quando os outros a praticam, não é?
Considerando isso, que tal se experimentássemos mesmo amar? Os benefícios teóricos de amar você já conhece, mas que tal senti-los na pele? Ver sua esposa sorrir emocionada porque você a abraçou espontaneamente, sem motivo aparente, seria algo bom para você? Acompanhar os olhos encantados de uma criança que lê um livro que você doou a ela seria algo bom para você? Dar um duro danado trabalhando fora e ainda chegar em casa e cuidar da roupa do seu filho, para tê-lo bem cuidado e agradecido à mãe seria algo bom para você?
Bem, uma infinidade de coisas que poderíamos fazer como expressão de amor nos deixariam felizes ao final. Mas você percebeu que tudo isso está se voltando para o nosso umbigo de novo? Mas é verdade que amar nos faz bem. Sim, aquele amor sacrificial, de entrega, pode nos trazer benefícios. O ponto é que o amor verdadeiro age sem esperar nada em troca. Afinal, ele "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1Co 13.7). 
O amor precisa ser praticado, exercitado, para crescer e amadurecer. Esse processo só tem início com nossos primeiros passos, com o entendimento, por exemplo, de que nós só podemos amar de verdade "porque ele nos amou primeiro" (1Jo 4.19).
Portanto, que tal conhecer o amor mais profundamente? Que tal espalhar amor, ainda que caras feias e irritadas estejam do outro lado? Que tal praticar o amor, ainda que começando de maneira bem modesta, para que ele vá crescendo e crescendo?

Ah, vamos amar!

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